Expedição Poseidon no Rio Juruena!
NOV 2012
Por: Marcos Beckmann Repórter e Pescador Esportivo
Fotos:
Marcos Beckmann e Osni Silva
Parte 1
O Rio Juruena, um dos
principais rios do Mato Grosso, nasce no município de Campo Novo do Parecis, e
após percorrer em torno de 1.500 km, junta-se ao famoso Teles Pires, na
tríplice fronteira entre o Mato Grosso, Pará e Amazonas, para formar um dos
maiores rios brasileiros, o Tapajós, importante afluente da margem direita do
majestoso rio Amazonas. Por estar situado em uma área de transição do cerrado
para a floresta tropical guarda como uma de suas características o contato
direto com as exuberantes fauna e flora brasileiras. E guarda em suas fortes e
limpas águas várias espécies de peixes entre os mais esportivos do mundo, como
a matrinxã, o tucunaré, a bicuda, o trairão, os gigantes Jaús e a Poderosa
Piraíba, entre outras.
Saímos de Sinop às
três horas da manhã a fim de adiantarmos a viagem de mais de 800 km que
teríamos que percorrer para chegarmos a Pousada do João, situada à margem
esquerda do Rio Juruena, no município de Cotriguaçu, extremo norte do Mato
Grosso, com o primeiro objetivo de chegarmos a balsa do Rio Juruena que dá
acesso ao município onde se localiza a Pousada. Até a balsa foram percorridos
quase 500 km, sendo 350 km de asfalto, passando por Alta Floresta. A idéia era
chegarmos a balsa até às 10 horas da manhã e a próxima balsa sairia somente às
13 horas. Mas mesmo adiantando no horário este objetivo só foi atingido no
horário seguinte, já que uma das caminhonetes teve um problema na correia do
alternador e teve que parar para os reparos necessários.
Às 13 horas
embarcamos as 04 caminhonetes na balsa, juntamente com mais 04 caminhões e 01
pick-up Strada. Após percorrermos o Juruena por 45 minutos finalmente chegamos
ao outro lado do rio.
Dali até a cidade de
Cotriguaçu percorremos mais 120 km. Chegando lá abastecemos as caminhonetes, os
tambores de gasolina, que seria utilizada nos motores dos barcos da pousada e compramos
gelo para as bebidas.
Tomamos um café na pequena
e bonita cidade e dali partimos rumo ao Distrito de Nova União, o local mais
próximo a pousada, onde encontraríamos um dos guias da pousada, o Geovani, que
nos acompanharia até nosso destino final. Após percorrermos mais 70 km, sendo a
maior parte do trajeto já dentro da deslumbrante Floresta Amazônica, às 10
horas da noite finalmente chegamos à aconchegante Pousada do amigo João.
A cozinheira Cida nos
aguardava com a comida ainda quente sobre o fogão. Após um revigorante banho
jantamos e depois partimos para um merecido descanso nos confortáveis quartos que
ficam no primeiro piso e são bem arejados e que dispõem de ventiladores para os
Pescadores. Para mim, que gosto de dormir ao ar livre, estava bom demais.
Inclusive porque utilizei um quarto cujas paredes eram todas teladas, sem
janela. Aí foi só nos ajeitarmos e curtir uma ótima noite de sono.
No outro dia
levantamos cedo, tomamos café da manhã e ajeitamos as tralhas nas caminhonetes.
O contato com a natureza bastante preservada junto à pousada é gratificante,
com as barulhentas araras realizando seu “piseiro” matinal, com uma bela
algazarra. Tralhas ajeitadas, partimos, percorrendo em torno de 700 metros até
a beira do Juruena, motivo maior da nossa visita por lá.
O primeiro contato
com o majestoso rio é energizante, vendo a maravilhosa natureza da conservada
floresta amazônica à nossa frente e aquelas belas águas a nos convidar para uns
arremessos. Os bons barcos com motores de 15 e 25 hp estavam nos aguardando,
todos devidamente limpos e bem conservados. Na sequência chegaram os guias que
nos acompanhariam naqueles 04 dias de pescaria, o Geovani, Cleiton, Rafael,
Graciano e o Ditinho.
Após organizarmos as
tralhas nos barcos, partimos rio acima, cada barco com sua respectiva dupla
pré-estabelecida de acordo com a afinidade de cada integrante. Eu fui agraciado
com a companhia do amigo Osni, de Sorriso, que conheci nesta pescaria e como
guia foi o Ditinho, profundo conhecedor da região.
Percorrermos o
Juruena em torno de uma hora rio acima, passando por vários e belos locais, com
muitas pedras pelo caminho, vendo as belas imagens das ilhas, praias, matas e
dos pássaros, passando inclusive por um posto avançado dos índios cinta-largas
que tem uma reserva à margem esquerda do rio, a partir de um riacho que
desemboca no Juruena.
Meus equipamentos de
pesca estavam “no ponto”, todos devidamente abastecidos com o arsenal da
Poseidon do Brasil, já que o estilo da pescaria que eu e meu parceiro iríamos
realizar seria somente com iscas artificiais e que seriam muito exigidas
naqueles 04 dias de pescaria em meio às corredeiras e pedras do rio e pelos poderosos
dentes dos esportivos peixes da região. Nosso ponto final na subida neste dia
foi uma pequena ilha no meio do rio onde ainda fomos agraciados com a bela
imagem de uma linda orquídea que floria maravilhosamente na única árvore que se
mantinha firme em meio às pedras.
Iniciando a pescaria
o companheiro Osni foi o primeiro a ter uma ação, uma pequena matrinxã se entregou
em suas mãos para ser fotografada e solta. Na sequência ele capturou mais um
exemplar, um pouco maior que a anterior, até eu capturar meu primeiro peixe no
Juruena. Um pequeno tucunaré-paca invocou com a Target 95 de cor CVB, prata de
cabeça vermelha, e veio colorir nossas lentes.
O Osni, após “cobrir”
um arremesso que eu havia realizado com a isca de superfície, a Dog, onde um
peixe bateu violentamente, mas não “entrou”, capturou uma bela Bicuda com uma
isca de meia-água. Devidamente fotografada e solta.
Continuamos descendo
o rio em meio às belas imagens proporcionadas pela natureza, registrando a
curiosa formação de uma pedra praticamente “colocada” ao lado de uma ilha. Enquanto
eu insistia com as iscas de superfície, o parceiro estava literalmente fazendo
a festa com suas iscas de meia-água e capturando diversos peixes, entre
tucunarés, bicudas e matrinxãs.
Aí foi minha vez de
dar “a mão a palmatória” e voltei a utilizar a Target 95, na cor BSH, prateada
de dorso azul, capturando um belo exemplar de Trairão. E insistindo na
meia-água, desta vez com a Gold Swim 115, da cor RBH, dourada de dorso
alaranjado, capturei mais um belo tucunaré-paca.
E com a mesma isca,
insistindo nos pedrais mais rasos do rio, com a Gold Swim “passeando” por entre
as pedras, capturei meu troféu da pescaria, um belo trairão, com 06 quilos de “puro
músculo” e muito brigador. Troféu fotografado e solto voltei a capturar mais
alguns tucunarés. Em seguida entrou outro belo troféu do Juruena na Gold Swim,
a poderosa Bicuda, um dos peixes mais esportivos que podemos encontrar nas
águas amazônicas.
Na hora do almoço
reencontramos os amigos em uma bela praia de uma das inúmeras ilhas da região
para nos deliciarmos, inicialmente com um sashimi de matrinxãs “da hora”,
preparado com maestria pelo companheiro Nilson Jóias e depois partimos pra
devorar uma porção de picanhas assadas na brasa e servidas com arroz branco
preparado pelos companheiros.
Amigos pescadores, não percam nos próximos dias a 2a parte do relato desta fantástica pescaria no rio Juruena. Logo abaixo, segue o imperdível vídeo desta expedição!
Expedição Juruena 1a Parte:
http://www.youtube.com/user/PoseidonBrasilPesca
Equipe Poseidon.
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