sexta-feira, 10 de junho de 2011

Rancho Queimado

Pessoal, amanhã eu vou a Rancho queimado/ SC para conferir um pesqueiro do nosso amigo Funny, segundo ele o rio que está em sua propriedade está cheio de peixes. Ele disse que está colocando peixes esportivos há 9 anos e é muito pouco explorado. heheh vamos conferir então. Vou tirar muitas fotos e postar tudo aqui para informar o pessoal interessado.

Abraços Djalma

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O PESCADOR FISGADO


Existe um momento único em toda pescaria, que pode durar segundos ou longos minutos, durante o qual um homem (ou uma mulher) é fisgado pelo peixe. São apenas alguns instantes que ligam o suposto predador e sua presa, cuja marca permanecerá indelével no primeiro. Em outras palavras, o peixe encanta o homem com seus reflexos e cores, formas e comportamento peculiar, ou ainda com o charme cativante de suas provocações à flor d’água: é quando este pula sobre a superfície, borrifando o mar ou o rio quase que na face do pescador. São jatos d’água, como holofotes sobre o artista, que logo se camufla sob a escuridão líquida de nossas águas.

Ao ser fisgado pela astúcia e o equipamento do homem, com sua abundante tralha composta de iscas artificiais de todos os tipos e modalidades, ou garateias francesas e sonares do oriente, o peixe causa, em sua luta para libertar-se, um aumento de adrenalina e uma fruição difíceis de descrever. É aquele momento que o pescador tanto aguardava: pés na praia ou nas rochas, no trapiche ou na embarcação, os músculos tensionados e o caniço dobrado sob a força da luta, seus olhos ficam presos à expectativa, à espera do que reserva a imensidão azul.

Paradoxalmente, o homem só se torna pescador ao fisgar e ser fisgado. Pensava-se predador e tornou-se presa, ao mesmo tempo que o peixe. A paixão pela pesca tem origem nesse jogo entre o tão almejado animal e o hábil e paciente pescador.

Finalmente, é preciso soltar o peixe para que o jogo recomece, e, sobretudo, para que nossos filhos e netos possam também vivenciar essa emoção ímpar. Porque depois destes momentos de fruição e das fotos do animal, o jogo perde de seu interesse. É preciso recomeçar para voltar a sentir a adrenalina subir e ser fisgado novamente.
  


Gilles Jean Abes (04/06/2011)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

PESCARIA NO MAR - DICAS E EQUIPAMENTOS

                                 Pesca em água salgada: aspectos técnicos e práticos.



O que usar na água salgada quando se tem tanta diversidade de espécies e ambientes marinhos?



Na verdade, o equipamento que será usado é tão variado quanto os tipos de peixes que se buscará fisgar em águas salgadas. Que seja a bordo de uma confortável e segura embarcação, com os pés na areia ou sobre as pedras de um costão, é preciso cuidar para realizar uma montagem de conjuntos equilibrados para as principais modalidades de pesca no mar.


Pesca desembarcada



Como o próprio nome indica, esta modalidade consiste naquela em que o pescador não faz uso de nenhum tipo de embarcação. Pode-se afirmar com segurança que se trata da pesca mais popular em água salgada. A pesca de praia, que se dá ao longo de nossos privilegiados 8 000 quilômetros de costa, bem como a pesca de costão, em locais como molhes, píeres, pontões, ilhas, rochas e os “precipícios” nos quais os pescadores se aventuram, são os que possuem o maior contingente de praticantes, se as compararmos com as modalidades de pesca embarcada. Parece claro que o fácil acesso e gratuito à beira da praia, assim como ao costão, em estados como o de Santa Catarina, por exemplo, ajudou a popularizar essas duas modalidades. Em ambas as práticas, o equipamento empregado pode ir do mais simples ao mais sofisticado.


Pesca de praia

 

                                         Praia do Moçambique - Florianópolis - SC


Aparentemente corriqueira, a pesca de praia é na realidade uma das mais técnicas dentre as modalidades praticadas por reunir muitos detalhes técnicos para o arremesso e macetes, em diferentes condições de mar, que fazem uma enorme diferença no momento de conferir os resultados. Partindo do princípio que a maioria dos peixes do litoral brasileiro que se aproximam das praias são de pequeno a médio porte, o que vai diferenciar o “peso” do equipamento é, sobretudo, a distância em que se pretende arremessar.


Leve: para arremessos na beira, até 40 metros, o conjunto é composto por vara (caniço) de até 2,75 a 3 metros, de ponta fina, equipada com carretilha ou molinete pequeno, para até 150 metros de linha. Esta deve ser fina, com espessura entre 0,15 e 0,16 mm, com pesos de até cerca de 50 gramas. As chumbadas precisam ser variadas e utilizadas conforme a força das ondas e o tipo de praia. Assim, é preciso levar modelos diferentes, como gota, carambola, pirâmide, cacau e barata, entre outras. No que se refere aos anzóis, opte por miúdos para capturar peixes de espuma, nos modelos sodê, akita e maruseigo, entre os números 4 e 9.
Mr. Gilles - Praia do Campeche - Florianópolis - SC

Médio: para arremessos entre 40 a 100 metros, a vara deve ter de 3 a 4 metros de comprimento, equipada com molinete ou carretilha de tamanho médio que armazene pelo menos 250 metros de linha entre 0,16 e 0,20 mm. Convém adequar as chumbadas ao caniço médio, usando modelos entre 80 e 120 gramas. Vale conferir se o caniço possui esse casting (poder de arremesso), observando o texto impresso em seu corpo (blank). O arranque e o chicote devem ser compatíveis com a chumbada utilizada, com a espessura de 0,45 ou 0,50 mm para as chumbadas mencionadas anteriormente. Quanto aos anzóis, o adequado é usar médios, como os maruseigo, entre os números 8 e 16.

                               Larissa - Praia Morro das Pedras - Florianópolis - SC


Pesado: para arremessos mais distantes, além de 100 metros (até 180 metros), os caniços devem medir entre 4 e 4,5 metros, com poder de casting para chumbadas de até 250 gramas. Em geral, privilegia-se as entre 150 e 160 gramas, o que requer molinetes e carretilhas adaptados, com bobina cônica e grande capacidade de armazenamento de linha, sempre fina (entre 0,18 e 0,20 mm). Os arranques devem ser grossos, em geral de 0,60 mm, para que suportem a pressão do arremesso, com chicotes equivalentes em resistência e grossura. Arremessar a grandes distâncias não implica na captura de peixes maiores, mas aumenta-se assim o raio de ação da pesca. A gama de anzóis pode ser grande, usando-se desde os mais miúdos até os de número 20 a 24 do modelo maruseigo, entre outros. O tamanho do anzol deve assim ser escolhido com base no tamanho e na espécie dos peixes (tipo de boca).



                                        Djalma - Praia do Moçambique - Florianópolis


Acessórios para pesca de praia: É preciso lembrar a utilidade de se levar acessórios, além dos conjuntos acima citados, pois são de grande ajuda na pesca de praia: saca-anzóis; tesoura para cortar iscas (em toletes ou filés); cortador de unhas (para acabamento de nós); linha de arremessar (elástica ou de viscose para fixação de iscas no anzol; faca fileteira (para cortar peixes em filés); caixas porta-iscas e porta-ferramentas; espera, descanso ou fincador de PVC ou alumínio (com 1,2 a 1,5 m de altura); canivete multiuso; e lanterna de cabeça (para prática de pesca noturna).



Pesca de costão

costão da praia de Garopaba - Santa Catarina


O equipamento para essa modalidade de pesca é bastante parecido com o da pesca de praia pesada. O pescador de costão precisa adequar o material para tracionar peixes que vivem ou mesmo se refugiam entre pedras, fendas, ostras, etc., o que justifica o fato de se usar caniços longos (com até 4 metros), molinetes ou carretilhas fortes e linhas grossas, podendo chegar a 0,70 ou 0,80 mm (de monofilamento) para a pesca de badejos, garoupas ou grandes miraguaias.






POSEIDON TRIDENT SURFER 4mt




POSEIDON TRIDENT SURFER 4mt



Para peixes como espadas, anchovas e outros que costumam aparecer mais próximo da superfície e brigam de forma “limpa”, são necessárias linhas de espessuras medianas, entre 0,35 e 0,45 mm, para arremessos melhores e brigas tranquilas, acima das pedras. Para os peixes de menor porte, como marimbás, cocorocas, pirajicas, salemas, sargos e pampos-amarelos, entre outros, linhas de náilon de até 0,35 mm são as ideais.

Vale lembrar que o multifilamento é rapidamente cortado quando em atrito com as pedras. A chumbada em forma de oliva solta na linha pode favorecer a atuação das ondas por sobre as pedras em busca de peixes. Iscas artificiais como jigs ou shads também podem ser usadas.


Leve: para peixes pequenos de espuma, deve-se usar varas de 2 a 3 metros de comprimento com linha de 0,30 a 0,35 mm e anzóis de numeração 12 a 18. Pode-se usar iscas artificiais com esse equipamento, tanto para iscas de superfície como de meia-água, e até jigs, em busca de robalos, pampos e sargos.



POSEIDON TRIDENT SPIN 3mt


POSEIDON TRIDENT SPIN 3mt



Médio: para peixes de médio porte, como piraúnas, anchovas, pampos, robalos, etc. A linha pode ter entre 0,35 e 0,45 mm de espessura. Os molinetes ou carretilhas devem comportar pelo menos 150 metros de linha escolhida e os anzóis podem ser de modelo maruseigo, entre os números 16 e 24.


POSEIDON TRIDENT CARP 3,5mt


POSEIDON TRIDENT CARP 3,5mt


Pesado: para a pesca das grandes garoupas e piraúnas, ou ainda de olhos-de-boi, a tralha é pesada, com caniços de 4 metros, linha grossa entre 0,60 e 0,80 mm, chumbadas mais pesadas e anzóis grandes (7/0 ou 8/0). Muitas vezes é preciso desentocar literalmente esses peixes, cujo habitat é as rochas, pescando-se nos “buracos” das pedras. O molinete ou carretilha precisa necessariamente ser forte para suportar o “cabo-de-guerra” realizado nesse tipo de pescaria. Alguns pescadores fazem uso de grandes plugs de plástico ou madeira em busca de anchovas marisqueiras nas pedras.


Molinete POSEIDON série PÉGASUS



POSEIDON TRIDENT STARK 4mt



POSEIDON TRIDENT STARK 4mt



Pesca embarcada

Pesca embarcada de fundo (peso médio a médio pesado)


Partindo de qualquer ponto do extenso litoral brasileiro, é possível alugar um barco simples, do tipo traineira ou lancha rápida, para praticar essa modalidade de pesca, que é a mais popular dentre as embarcadas. Os peixes mais visados são os pargos, os marimbás, as pirajicas, as corvinas, os namorados, as pescadas e os chernes, entre outros peixes de fundo. O material básico se resume a varas entre 1,8 e 2,1 metros de comprimento (6 a 7 pés), molinetes ou carretilhas dotados de pelo menos 200 metros de linha multifilamento entre 30 e 50 libras e alguns metros de linha de náilon ou fluorcarbono mais grosso na ponta.


POSEIDON TRIDENT HEAVY DUTY




POSEIDON TRIDENT HEAVY DUTY


POSEIDON TRIDENT HEAVY DUTY - 2 ponteiras


Dependendo da profundidade e do tipo de solo, é importante escolher o formato e o peso adequados da chumbada. É melhor evitar os modelos em pirâmide ao pescar por cima de lajes, pedras e parcéis. O pesos mais usados variam entre 60 a 300 gramas, sendo os mais pesados indicados para profundidades superiores a 50 metros ou em locais com muita correnteza. Neste tipo de pescaria, a linha de multifilamento leva muito mais vantagem, por ser mais fina, evitar o uso de chumbadas pesadas e ser mais sensível a beliscadas em profundidade superiores a 30 metros.

É bom evitar pernadas muito longas ou próximas umas das outras para que não embolem. Se anzóis circulares forem usados, é bom evitar de fisgar, mantendo simplesmente a linha esticada, fazendo movimentos para cima para sentir a chumbada bater no fundo. No caso de uma pescaria de rodada, apenas com o barco solto acima dos pontos de pesca, essa técnica evita que o anzol se prenda no fundo.


Aproveitem as dicas e ótima pescaria!!!



Fonte: - Bíblia do pescador 2010. São Paulo: Editor Jum Tabata, 2010. p. 282-291.
- Wikipédia, a enciclopédia livre, consultada dia 5 de abril de 2011 no site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca
- Google no site: http://www.google.com.br/