quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A TECNOLOGIA DAS ISCAS POSEIDON


Pessoal! Depois de muita pesquisa, eis o capítulo sobre rattlin' que prometemos na última postagem. Demorou um pouco, mas aqui está, prontinho para sua leitura e comentários! 


Capítulo 3 – Sobre o rattlin’ e o sistema de transferência de massa: os outros sentidos do predador.

A visão é um dos componentes do sistema sensorial dos predadores. Além disso, dependem fortemente da vibração e do "sentir" para caçar. A linha lateral do peixe possui uma cadeia altamente sensível de receptores nervosos posicionados ao longo de cada lado do seu corpo. Em seu ambiente aquático, muitos predadores podem realmente sentir a vibração de suas presas, ou das iscas artificiais, bem antes que uma conexão visual seja estabelecida.
A vibração e o barulho provocados por alguns modelos de iscas dependem fortemente de seu shape (design anatômico, aspecto, forma da isca), que tem efeito sobre seu nado, além da barbela (com ou sem) e do rattlin’ (ou rattlin): são elementos fundamentais para despertar os sensores laterais do predador. O termo vem do inglês rattling e, na pesca esportiva, designa iscas que “fazem barulho como um chocalho” (rattlin = “chocalhando”). A palavra rattle significa “chocalho”, “agitação”, “algazarra”, “chocalhar” ou “gritar”, e é também muito empregado em textos técnicos sobre pesca.
O som emitido pelo rattlin’ facilita a localização ou identificação da isca, sobretudo quando a água apresenta condições de pouca visibilidade. Outro aspecto importante, é que esse barulho irrita o animal que acaba por atacar essa presa, fonte de perturbação de seu ambiente. O predador defende seu território e não há nada melhor do que invadi-lo com o barulho de uma presa sedutora e irritante.
Do ponto de vista da física, um dado científico é primordial para entender a importância desse sistema. A velocidade do som é mais rápida em sólidos e líquidos do que em gazes. Na água (líquido), é cerca de quatro vezes maior do que a sua velocidade no ar (gás). Por exemplo, numa água com uma temperatura de 25º C, a velocidade é de aproximadamente 1500 metros por segundo. Assim, é fácil perceber a eficiência do rattlin para atrair os predadores mais distantes.
Nesse sentido, é muito importante levar em consideração, na escolha da isca, as esferas de metal que estão nela. Quanto mais as esferas têm um diâmetro pequeno, mais o som terá uma tonalidade aguda, de alta frequência. Se as esferas forem maiores, isso resultará em tonalidades mais graves, de baixa frequência. Fica claro que as ondas sonoras produzidas têm relação com o tamanho da isca, pelos tipos de esferas que podem abrigar. No entanto, uma mesma isca pode produzir sons diferentes, se tiver esferas de diversos tamanhos. Essa escolha faz diferença dependendo das condições de pesca, mais especificamente, conforme a poluição sonora no ambiente aquático. Geralmente, as altas frequências são privilegiadas quando o tempo está calmo e as baixas em situação de mar agitado, pois é preciso “ser ouvido” no meio desse tumulto.

                       
                   

 Rattlin das iscas Fury Splash BL e da Predator 4 em 1 RA da Poseidon.

A Poseidon empregou sistemas consagrados em suas iscas, mas nem sempre presentes nos equipamentos disponíveis no mercado, tais como o sistema de transferência de massa. Modelos como a Sakra, a Perfect Swim e a Sabre, por exemplo, possuem internamente pequenas esferas de metal que permitem longos lançamentos, mesmo contra o vento, situação em que iscas comuns têm resultados muito inferiores. Nesse sistema, o peso desliza para a parte traseira da isca na hora do lançamento, possibilitando arremessos mais longos, no momento em que os grânulos (esferas) se deslocam para frente, alterando o centro de gravidade, que é totalmente reorientado, possibilitando maior eficiência no lançamento. Algumas iscas empregam ainda mais tecnologia, caso do modelo 4 em 1 Predator da Poseidon (logo acima), que possui um imã para atrair a esfera de metal e a garateia, durante o lançamento, para aprimorar a transferência de peso.




Esquema técnico do sistema de transferência de massa e Foto 1: isca Fury Perfect Swim da Poseidon.



Fotos 2 e 3: Iscas Sabre e Sakra da Poseidon, com sistema de transferência de massa.

O sistema rattlin tem, como vimos, o importante papel de produzir barulho, mas pode estar integrado ao sistema de transferência de peso, que cumprirá essas duas funções, melhorando o lançamento e provocando o peixe com sons que chamam a atenção ou perturbam o animal. Com esse sistema e um shape especialmente desenvolvido por computador, com estudos “aquadinâmicos”, essas iscas transpassam “ventos e marés”, o que facilita em muito a vida do pescador em condições climáticas adversas.
Cabe então ao pescador empregar suas habilidades para a animação ou o trabalho de nado destas iscas rattlin, fazendo com que produzam vibrações, barulho e diversos movimentos para chamar a atenção do animal. A chave da pescaria e muito do interesse da pesca esportiva está na escolha da isca certa em função das condições de pesca.
Resumindo: É primordial perceber a importância de despertar todos os sentidos do peixe, para que este localize e ataque sua presa, aumentando o poder de atração da isca artificial (ou sua atratividade): trata-se de uma questão fundamental para aumentar as chances de sucesso de uma pescaria.

Equipe Poseidon.

www.loja.poseidonbrasil.com.br
www.poseidonbrasil.com.br
www.youtube.com/user/PoseidonBrasilPesca

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pessoal! Vamos lá, comentem os artigos, nos mandem os seus que serão aceitos e publicados aqui.
Vamos discutir temas gerais sobre a pesca esportiva e muitas dicas. Abraços para todos Djalma