quarta-feira, 13 de junho de 2012

ANATOMIA DO PEIXE


A VISÃO E O OLHO DO PEIXE 



Durante muito tempo, se pensou que os peixes eram surdos, que eram cegos para as cores, atribuíram-lhes um sentido químico especial, substituindo o gosto e o olfato, imaginaram as funções mais diversas para sua linha lateral. É a prova da importância dos estudos científicos de laboratório, quando se trata de saber a verdade dentre as opiniões divergentes e frequentemente contraditórias dos observadores. 

A visão – Como no caso dos mamíferos, observam-se espécies cuja visão é excelente e outras que são quase cegas. Mesmo que tenha se estabelecido que o olho da enguia seja muito deficiente e que enxergue muito mal, não teríamos o direito de contestar que a truta é capaz de discernir detalhes ínfimos de estrutura ou de cores que diferenciam certos insetos. O olho do peixe funciona, é adaptado à água e é no ambiente aquático que é preciso estudar suas qualidades óticas. Sua lente, o cristalino, é quase esférica e concentra ao máximo os raios visíveis. As imagens dos objetos são formadas na parte anterior da retina: o peixe é míope. Este cristalino não é deformável como o nosso, a sua acomodação se faz exatamente como em uma máquina fotográfica na qual a regulagem da resolução resulta de um deslocamento do objetivo. As imagens estão nítidas de perto, já que o olho é míope, mas a acomodação possibilita sua visão à distância. O cristalino é puxado para trás e aproximado da retina por um músculo especial, o músculo lenticular. Quando este músculo se relaxa, a lente retorna para frente sob a ação de seu ligamento suspensório. A retina compreende cones, sensíveis às cores, e bastonetes, reagindo à quantidade de luz. Sua estrutura é menos fina do que a retina humana. 

Na figura 10, observam-se as mudanças nas células retinianas, conforme a quantidade de luz. À esquerda, com luz abundante, as células pretas se alongam, os bastonetes ficam profundos, os cones ficam na superfície. À direita, na penumbra, as células pretas se retraem, os bastonetes vão para frente e os cones se retiram em profundidade. Nesta última situação, os bastonetes estão dispostos da melhor forma possível para receber toda a luz disponível.

A visão das cores pelos peixes é, atualmente, um fato incontestável. As pesquisas em laboratório confirmaram que algumas espécies, sem dúvida alguma, são particularmente sensíveis às radiações vermelhas ou laranjas. Quando a luz diminui, a visão das cores baixa rapidamente e os peixes não conseguem mais discernir o vermelho, por exemplo, dos diversos tons de cinza. 
Sabe-se que a penetração das diversas radiações na água é muito diferente. O vermelho é absorvido primeiro (cores quentes) e o roxo (cor fria) penetra mais profundamente na coluna d’água. Essa penetração dos raios também varia consideravelmente, sendo muito fraca em águas turvas, com muitas partículas suspensas ou com forte vento que encrespa a superfície. A luz ultravioleta (UV) desce centenas de metros na coluna d'água e é enxergada por várias espécies de peixe, ao contrário do ser humano, incapaz de enxergá-la. Daí a importância do tratamento UV aplicado no verniz de algumas iscas artificiais, que faz com que a isca literalmente brilhe aos olhos do peixe, em maiores profundidades ou quando a luminosidade no ambiente aquático está mais fraca por causa da profundidade ou da turbidez da água. 

Sabe-se igualmente que os raios luminosos oblíquos são refletidos na passagem do ar na água e que os objetos imersos não estão exatamente onde os vemos da margem, mas mais próximos e mais achatados que na realidade. Dependendo do ângulo, os raios são refletidos pela superfície como em um espelho e os objetos se tornam invisíveis. Pelo mesmo motivo, os objetos que estão na margem aparecem deformados para os peixes. 

Fora do cone de 98 graus, o peixe vê a luz refletida a partir da lagoa.

À medida que o peixe mergulha em profundidade, estes objetos se tornam invisíveis. Para um ser aquático, a certa profundidade, a obscuridade é completa mesmo que o sol ainda brilhe no horizonte, porque os raios muito oblíquos não penetram mais na água.


Convém observar ainda que os peixes de água doce têm olhos  posicionados muito lateralmente e que seu campo de visão binocular é fraco, ora é pela visão binocular que se aprecia a profundidade e que os objetos se individualizam. No entanto, os peixes enxergam tudo em sua volta, seu ângulo de visão ficando muito próximo do círculo completo, já que atinge no mínimo 300 graus.


Fonte:
www.aquabase.org/articles/html.php3/anatomie-poisson=97.html
www.smkbud4.edu.my/Data/sites/vschool/phy/wave/refraction.htm


ÓTIMAS PESCARIAS A TODOS!


Equipe POSEIDON.

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